Construindo Relacionamentos Pais Adotivos
Olá meus queridos leitores,
Quando juntamos famílias ou casamos com alguém que tem filhos, tornamo-nos pais adotivos. E pode ser uma experiência gratificante, apesar dos desafios. Se você nunca teve filhos, terá a oportunidade de compartilhar sua vida com alguém mais jovem, ajudando-o na formação de seu caráter. Se você tem filhos, estará oferecendo a eles mais oportunidades de construírem relacionamentos que só irmãos podem ter entre si.
Muitas vezes esta união acontece sem problemas, mas existem casos onde as dificuldades podem aparecer ao longo da jornada. Saber exatamente o que significa ser um pai adotivo – neste caso, padrasto ou madrasta – além das responsabilidades do dia a dia que vem com este papel, pode evitar confusões e até mesmo conflitos entre você e seu(sua) parceiro(a), e os ex-maridos/esposas e seus filhos.
Apesar de não existir nenhuma fórmula mágica para ter uma família perfeita, pois cada família tem sua dinâmica própria, é importante compreender as emoções e sentimentos de todos, para saber de onde e porque estão aflorando. Aqui vão algumas sugestões que podem facilitar a sua jornada.
Não se apresse
Seu desejo como padrasto ou madrasta é ter um vínculo amoroso e próximo logo de saída, e muitas vezes você se pergunta o que você está fazendo errado quando seu enteado(a) não demonstra o mesmo em relação a você e seus filhos. Mas lembre-se: Relacionamentos necessitam de tempo para desenvolver.
Não apresse as coisas. Deixe- as seguir seu rumo naturalmente. Crianças sentem quando um adulto não está sendo sincero ou fingindo. Com o tempo você pode desenvolver um relacionamento profundo e significativo com seus enteados, e completamente diferente daquele que eles tem com os pais biológicos.
Fatos que podem interferir nos relacionamentos
Crianças que perderam um dos pais por morte ou pela separação do divorcio , precisam de tempo para curar as feridas antes de poder entrar em outros relacionamentos. É de suma importância respeitar este tempo.
Filhos de pais vivos sempre carregam consigo a esperança de que um dia os pais voltem a ficar juntos. Não importa a idade da criança nem o tempo de separação. Esta esperança sempre existe e ajuda-os a lidarem com a separação dos pais . E desta perspectiva, um novo casamento destrói por completo este sonho. Isto faz com que a criança se sinta confusa, magoada, com raiva e traída. Leve isso em conta!
Preste atenção ainda a estes fatores que podem interferir:
Idade da Criança – Para novos relacionamentos, quanto mais jovem a criança for, mais facilidade terá em estabelecer relacionamentos.
Tempo de conhecimento - Quanto mais tempo você conhece as crianças, melhor é o relacionamento. Existem exceções no caso dos pais terem sido amigos, mas na maioria dos casos, ter uma história juntos, facilita a transição.
Tempo de namoro antes do casamento – Se houve um bom tempo de namoro antes de casar, a criança tem a segurança de que você vai ficar por longo tempo.
Bom relacionamento entre o casal divorciado – Uma boa comunicação sem muito conflito entre ao pais divorciados faz uma grande diferença. Fica muito mais fácil para criança aceitar um novo relacionamento, quando os adultos evitam conflitos e comentários negativos.
Tempo de qualidade – Não é fácil tentar criar novos laços com alguém que vê seus pais cada quinze dias ou em finais de semana. Dê este espaço e não faça cobranças. Ceder um pouco pode ajudar a ter um relacionamento melhor ao longo do caminho.
Se você gostou destas dicas ou conhece pais adotivos ou pessoas nesta situação, encaminhe este e-mail. Muitas vezes pequenas dicas fazem toda diferença.
Tenha uma ótima semana.
Um grande abraço e até breve
Aga Brueckheimer
www.dr-Aga.com
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